Alimentação e Produção de Peixes
Ração para Peixe
Ração de Qualidade para Produção de Peixe
A produção brasileira de organismos aquáticos vem crescendo muito, primeiro pela aceitação de mercado e pela disponibilidade de áreas para expansão da atividade.
Maiores produtores de peixes em cada continente:
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- Ásia: China, Indonésia, Tailândia, Vietnã, Índia;
- Europa: Rússia, Noruega;
- América: México, Brasil, Chile;
- África: Uganda, Nigéria, Moçambique, Egito;
- Oceania: Austrália, Nova Zelândia.
Principais espécies de peixes cultivados no Brasil:
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- Norte: tambaqui, pirapitinga, tambatinga, pirarucu e jatuarana;
- Nordeste: tilápia;
- Centro-oeste: tambaqui, pacu e pintados;
- Sudeste: tilápia, pacu e pintados;
- Sul: carpas, tilápia e jundiá.
A produção varia conforme as condições de cada região. Fatores como temperatura da água e qualidade bem como tipo de solo, influenciam no local ideal para o cultivo de cada espécie. O ideal é que o ambiente recrie as condições do habitat do peixe ou que ele apresente facilidade para adaptação.
Entre os fatores para o sucesso de uma criação comercial é o uso de uma ração balanceada de qualidade, custo e de confiança. Para tanto a SNatural fornece uma completa gama de rações, com as melhores marcas do mercado, para todas as fases de desenvolvimento e hábitos alimentares, com aconselhamento técnico nutricional e de controle da qualidade da água. A SNatural conta com Engenheiro de Aquicultura e Zootecnistas que podem ajudar. Ligue agora!
Alimentação Dos Peixes – Dieta Alimentar
Desde o início de sua vida, enquanto larva de peixe, qualquer que seja a espécie, após a absorção do saco vitelino, alimentam-se do plâncton. Algumas espécies dão preferência ao fito e outras ao zooplâncton. A tilápia após a absorção das reservas do saco vitelino, passa a alimentar-se de algas, enquanto que a traíra e o dourado, espécies carnívoras, preferem o zooplâncton. Atingida a fase de alevino o regime alimentar do peixe define-se, porém existem certas espécies que permanecem fitoplanctófagas durante toda a vida.
De acordo com a natureza do alimento, as espécies são classificadas em: herbívoras, carnívoras, onívoras e detriófagas (incluindo plâncton), mas também são reconhecidas as espécies iliófagas e algumas que poderiam ser chamadas de especialistas.
Planctívoros Ou Planctófagos
Estes peixes que se alimentam predominantemente de plâncton A Tilápia, durante seu primeiro estágio de crescimento, do nascimento até 3,5 cm de comprimento, (T. rendalli) alimenta-se exclusivamente de microorganismos do fitoplâncton. No segundo estágio de crescimento, de 3,5 até 10 cm, dá-se uma transição alimentar de algas para vegetais superiores e finalmente no terceiro estágio, de 10 cm em diante, a alimentação é feita exclusivamente na base de vegetais superiores. Entretanto, outras espécies como T. galillaea e T. esculenta, são exclusivamente fitoplanctófagas, alimentando-se de algas durante toda sua vida.
Herbívoros
Os peixes HERBÍVOROS são peixes que selecionam alimento vegetal vivo: vegetais superiores, macro e microalgas bentônicas e fitoplâncton, entretanto, na natureza, peixes herbívoros precisam complementar suas dietas com proteína animal; peixes herbívoros também preferem frutas e sementes; o Hyporhamphus melanochir é herbívoro de dia e carnívoro de noite.
Carnívoros
Os peixes CARNÍVOROS são peixes que selecionam alimento animal vivo, incluindo zooplâncton. O alimento pode ser constituído por peixe, crustáceos, moluscos, cefalópodos ou insetos. Nos rios e pequenos lagos, os insetos têm uma importante participação na dieta do peixe, os quais, geralmente, estão presentes o ano inteiro. Entre as formas larvais, as de vida aquática são mais usadas como alimento, mas também são aproveitadas larvas terrestres. O canibalismo tem importantes implicações na autoecologia das espécies, porque geralmente funciona como uma forma de autocontrole populacional, acentuando-se quando as condições de alimentação são inadequadas ou por conveniência de adultos.
Onívoros
Os peixes ONÍVOROS são peixes que utilizam de alimento animal e vegetal vivo, em partes bastante equilibradas. Quando há um certo domínio de algum dos itens. Referem-se às espécies como: onívoras com tendência à carnívora ou onívoras com tendência à herbívora..
A Carpa (Cyrpinus carpio), originária da Ásia, considera-se onívoro, mas que pode alimentar-se de plâncton toda a vida. Nas criações racionais desta espécie e de muitas outras, aquele deve constituir 50% da alimentação tota, encontrando-se em seu estômago, muitas vezes, uma alimentação unicamente vegetal composta de pequenos fragmentos de folhas, pedaços de madeira, de raízes, de algas etc; se alimenta também de invertebrados e pode mesmo alimentar-se de peixes e até de seus próprios alevinos, mas é o plâncton que constitui sua alimentação de base. Consome essencialmente o zooplâncton que se alimenta ele próprio do fitoplâncton
Detritívoros
Os peixes DETRITÍVOROS são peixes que se alimentam de matéria orgânica de origem animal em putrefação e/ou matéria vegetal em fermentação. Alguns detritívoros, talvez todos, têm suas dietas complementadas com algas e bactérias, como Mugil cephalus, Tilapia mossambica e Hutilus rutilus.
Iliófagos
Os peixes ILIÓFAGOS são peixes que ingerem substrato formado por lodo ou areia, que por si só não representa um tipo de alimento. O substrato é ingerido porque nele são encontrados os alimentos procurados (animal, vegetal ou detrito) sendo que esses peixes contam com um aparelho digestivo adaptado para selecioná-lo. O lodo inclui organismos microscópicos de superfície; detritos planctônicos sedimentado; de macroflora; de fauna nectônica e bentônica; de matéria coprogênica; detritos orgânicos e detritos inorgânicos.
Peixes deste tipo são o Curimbatá (Prochilodus scrofa) peixe muito comum dos nossos rios, principalmente de São Paulo. É uma espécie de dentição atrofiada, que se alimenta de algas contidas no lodo. Estes peixes possuem um estômago musculoso, semelhante à moela das aves, adaptado a digerir a carapaça silicosa das diatomáceas. O Saguirú (Curimatus spp.) é um peixe destituído de dentição, de tamanho pequeno e muito comum em nossas águas, quer paradas, quer correntes. Alimenta-se da matéria orgânica contida no lodo, especialmente das algas. O Cascudo (Plecostomus spp) tem um regime alimentar muito especializado, alimentam-se exclusivamente de algas, dando preferência aos locais pedregosos onde estas se acumulam. A preferência dos cascudos pelas algas é de tal ordem que quando em aquários aderem aos vidros, limpando-os das algas e daí serem chamados de “limpa-vidros”.
Ração Fornecida para os Peixes – Quantidade e Exigências Nutricionais
Cada peixe apresenta uma necessidade proteico-energética. Alguns precisam de mais vitaminas, outros de minerais, mas todos devem ser criados com materiais de qualidade. É preciso ficar atento ao equilíbrio entre a proteína e a energia. Mantenha sempre os níveis de fontes não proteicas, lipídios e carboidratos. A necessidade é de 1 a 1,5 g proteína/kg de peso vivo/dia.
A melhor fonte de energéticos se encontra nos lipídios, na sequência, proteína e carboidratos. Os lipídios transportam as vitaminas lipossolúveis A, D, E, K, que são fonte de ácidos graxos essenciais (AGE). Recomenda-se que sejam empregados de 10 a 20% de lipídios nas dietas.
Para a produção de tilápia é a mais indicada a ração extrusada, pois o processamento em alta pressão, temperatura e umidade aumenta a digestibilidade da ração e possibilita o maior aproveitamento dos nutrientes pelos peixes. A extrusão também facilita o manejo alimentar devido à maior estabilidade da ração na superfície da água, tendo em vista o hábito alimentar das tilápias, evitando assim desperdícios que geram acúmulo de resíduos no tanque.
O tamanho do pellet e a quantidade de proteína na ração, variam de acordo com o peso e fase de vida do animal, e conforme a espécie produzida. É muito importante a ração ser atrativa para os peixes, possuir uma alta palatabilidade e digestibilidade para obter uma boa conversão alimentar, com animais homogêneos, com boa sobrevivência e crescimento rápido.
Para cada fase de vida do animal, tem uma necessidade diferente de níveis de proteína, podendo ir, de 28 a 55%, com as porcentagens mais altas para as fases iniciais, e diminuindo conforme o animal de desenvolve.
Diversos subprodutos agroindustriais, grãos e rações balanceadas são fornecidos aos peixes em cultivo semi-intensivos e intensivos. Eles são ofertados na base de 3 a 5% da biomassa daqueles no viveiro. Alevinos e peixes muito jovens, em crescimento ativo, recebem 4 a 5% e os maiores em engorda 3%. As vezes inicia-se com uma taxa maior de arrazoamento, sendo a mesma diminuída a medida em que os peixes crescem.
Para calcular a taxa de alimentação para um dado mês, retira-se, com rede de arrasto, alguns peixes e deles se obtém o peso médio, o qual multiplicado pelo número de indivíduos no viveiro fornece a biomassa. Desta se tira a quantidade diária do alimento, de acordo com a taxa adotada. A ração diária deve ser dividida em duas ou mais refeições, podendo o alimento ser lançado diretamente na água do viveiro ou colocada em comedouros, preferentemente pela manhã bem cedo e de tardinha.
Ração para peixes onívoros:
Ração para peixes carnívoros:
Caso a água do viveiro se apresente muito verde e com baixo teor de oxigênio dissolvido, o que pode ser verificado na prática pela vinda à superfície e pela não captação do alimento pelos mesmos, deve-se suspender a alimentação e proceder uma renovação da água do viveiro. O mesmo procedimento deve ser adotado quando houver excesso de matéria orgânica naquele em consequência das adubações.
Fornecimento De Ração – Principais Rações
A ração deve ser obviamente de boa qualidade, caso contrario todo esforço do produtor em tempo e dinheiro vai por água abaixo.
A qualidade da ração é medida pela alta palatabilidade, flutuabilidade, digestibilidade, maior conversão alimentar, sobrevivência, rápido crescimento, homogeneidade e produção de lotes saudáveis e resistentes.
Cuidados no Armazenamento
Os sacos devem ser armazenados adequadamente, em galpões e depósitos arejados, com pelo menos 1 metros de distância das paredes e em cima de pallets de madeira. Essas medidas adotadas para o armazenamento da ração são extremamente importantes para evitar a umidade, não deixando que ela estrague. As rações de peixe são normalmente embaladas em sacos de ráfia laminada com 25 kg.
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